Mamutes Perto da “Desextinção”: Empresa Americana Anuncia Planos Ambiciosos para 2028

 

Extintos há cerca de 10 mil anos, os mamutes-lanudos podem estar a caminho de retornar à Terra. A empresa de biotecnologia norte-americana Colossal Biosciences, localizada no Texas, está liderando esforços para recriar essa espécie até 2028. A notícia foi divulgada pela renomada revista de biologia Cell, destacando os avanços dessa revolucionária tecnologia.

O projeto, que tem atraído a atenção global, utiliza técnicas inovadoras de biologia sintética, bioinformática e clonagem para trazer à vida um híbrido de mamute e elefante. De acordo com a publicação, o mamute recriado em laboratório será fortemente semelhante ao animal original que vagava pelas planícies geladas do Pleistoceno.

A técnica de sequenciamento genético envolvida no processo é uma façanha nunca antes realizada com humanos. O mais próximo disso foi o trabalho de Svante Paabo, cientista sueco vencedor do Prêmio Nobel de Medicina, que conseguiu sequenciar o genoma de hominídeos extintos, como os neandertais e os denisovanos, que habitaram a Ásia há cerca de 30 a 50 mil anos. Paabo foi premiado por seus estudos com DNA antigo, o que contribuiu para compreender a evolução humana.

Um Futuro com Mamutes e Outras Espécies Extintas

O ambicioso projeto da Colossal Biosciences não se limita apenas ao mamute-lanudo. A empresa também planeja ressuscitar outras espécies extintas, como o tigre-da-Tasmânia, que desapareceu na década de 1930, e o dodo, uma ave gigante incapaz de voar, extinta em 1681 nas Ilhas Maurício devido à caça intensiva.

Outro animal na mira da empresa é o auroque, o ancestral selvagem da vaca doméstica. O último auroque foi abatido na Polônia em 1627, também como resultado da caça. A Colossal Biosciences acredita que a “desextinção” desses animais pode contribuir para restaurar ecossistemas degradados e promover uma nova abordagem para a conservação da biodiversidade.

Os Desafios e Implicações Éticas

Embora o progresso no campo da biotecnologia seja impressionante, o projeto de recriar espécies extintas também levanta questões éticas e científicas. Especialistas alertam para os desafios que essas criaturas enfrentariam ao serem reintegradas à natureza, como as mudanças climáticas e a necessidade de recriar habitats adequados para sua sobrevivência.

No entanto, para os cientistas da Colossal Biosciences, o retorno de animais extintos representa uma oportunidade única de corrigir erros do passado e testar novas fronteiras da ciência. Se bem-sucedido, o projeto poderá marcar o início de uma nova era, onde a extinção não será necessariamente o fim.

Com o avanço contínuo da biotecnologia, a possibilidade de vermos mamutes vagando pela Terra novamente em um futuro próximo não é mais apenas um sonho de ficção científica, mas uma realidade cada vez mais tangível.